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Ex-deputado é o terceiro prisioneiro do Egito a morrer em 48 horas

Prisão egípcia em 11 de fevereiro de 2020 [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]

Uma organização de direitos humanos confirmou a morte de um prisioneiro no Egito na segunda-feira (20) como resultado de negligência médica, o terceiro caso em 48 horas. A Rede Egípcia de Direitos Humanos reportou no Facebook que o ex-deputado Ragab Abu Zaid Zair, de 80 anos, faleceu na unidade de terapia intensiva (UTI) da penitenciária de Wadi el-Natrun.

A saúde de Zair deteriorou-se no mês passado. Em 23 de fevereiro, a família pediu à entidade humanitária que interviesse por sua soltura, para que pudesse receber tratamento. Ele sofria de bronquite, inflamação na próstata e coração fraco, além de diabetes.

Segundo o grupo de direitos humanos, Zair deveria ser libertado em 16 de dezembro de 2021, mas os serviços de segurança não acataram a decisão. Zair foi interrogado e mantido na prisão apesar da idade. O ex-deputado fora preso originalmente no final de outubro de 2013.

Esta é a sétima morte de prisioneiros no Egito desde o início de 2023 como resultado, conforme indícios contundentes, de tortura e negligência médica deliberada. Centros de detenção, dizem ativistas, carecem de padrões mínimos de tratamento.

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O advogado Ramadan Youssef Ashry morreu no sábado (18) após um ataque cardíaco na prisão de Al-Abadia em Damanhur. Ashry, de 50 anos, estava preso desde 2014 e sofreu negligência médica em custódia do Estado.

Também no sábado, o Centro Al-Shehab de Direitos Humanos reportou a morte de Muhammad Mustafa Badawi na penitenciária de Wadi Al-Natrun, também vítima de negligência médica, segundo as informações. Badawi sofria de insuficiência renal.

Conforme relatórios de direitos humanos, há hoje mais de 60 mil presos políticos encarcerados no Egito. Quase 900 morreram na prisão nos últimos nove anos, quarenta apenas em 2022.

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