O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja para a China neste fim de semana e deve chegar dia 26 de março para visita oficial, a convite do presidente Xi Jinping. Antes de retornar ao Brasil, ele fará uma parada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, no dia 31 de março.
Esta será a primeira visita oficial de Lula a um país árabe em seu terceiro mandato. Lula esteve no Egito para a COP27 em novembro do ano passado como convidado. Ele já estava eleito mas ainda não tinha tomado posse, portanto não foi uma visita oficial. O emirado de Dubai sediará a COP28 em novembro.
O bloco de 22 países árabes é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China e dos Estados Unidos. Ano passado, o Brasil exportou quase US$ 18 bilhões aos árabes e importou quase US$ 15 bilhões do bloco.
Os Emirados Árabes Unidos são o principal país comprador do bloco árabe. Em 2022, o Brasil exportou US$ 3,25 bilhões ao país do Golfo, e importou US$ 2,5 bilhões. Carne de frango, açúcar, ouro e celulose são os principais produtos brasileiros vendidos aos Emirados. Arábia Saudita, Egito, Argélia e Bahrein aparecem entre os cinco maiores parceiros comerciais árabes do Brasil.
LEIA: Recém-empossado, Lula reafirma apoio aos direitos do povo palestino
Agenda chinesa
Em Pequim, estão previstas reuniões do presidente Lula com Xi Jinping, com o primeiro-ministro Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Serão tratados temas da pauta bilateral como comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudança climática e paz e segurança mundial.
Em Xangai nos dias 29 e 30, Lula visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tomará posse como presidente. Ela ajudou a fundar o banco, em 2014.
A comitiva presidencial será composta de parlamentares, governadores, ministros de Estado e empresários. Ao longo da visita, haverá eventos empresariais, seminários e a assinatura de atos intergovernamentais. O secretário-geral e CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, fará parte da comitiva.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões.
LEIA: Por uma política externa plural para o Oriente Médio
Publicado originalmente em ANBA
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
