O presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan disse ontem (20) que os danos causados pelos dois terremotos consecutivos que atingiram o país em 6 de fevereiro estão estimados hoje em US$ 104 bilhões.
Durante conferência internacional de doadores realizada em Bruxelas, por videoconferência, declarou Erdogan: “Independentemente de sua posição econômica, é impossível para qualquer país lutar sozinho contra um desastre dessa magnitude”.
Os terremotos mataram ao menos 56 mil pessoas no sudeste da Turquia e em partes da Síria, ainda assolada pela guerra. Milhares de pessoas ficaram feridas.
Erdogan prometeu que, dentro de um ano, seu governo construirá casas para abrigar todos os deslocados pelas catástrofes naturais.
Ao menos 298 mil casas foram danificadas em 11 províncias.
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“Nunca esqueceremos o apoio de todos os nossos amigos, a União Europeia, as Nações Unidas e outras organizações internacionais”, acrescentou.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, corroborou os apelos de Erdogan: “As necessidades dos sobreviventes ainda são enormes e devem ser abordadas com urgência”.
Von der Leyen deu início à arrecadação com a promessa de angariar € 1 bilhão (US$ 1,1 bilhão) em apoio à reconstrução na Turquia e € 108 milhões (US$ 113,8 milhões) em ajuda humanitária à Síria.
Moutaz Adham, diretor da Oxfam para a Síria, descreveu as doações como “possível tábua de salvação a muitos sírios que já lutavam contra a fome, a inflação galopante e a pobreza quando ocorreu o desastre”.
“No entanto, precisamos de uma solução de longo prazo que vá além da ajuda humanitária”, acrescentou Adham.