O parlamento de Israel (Knesset) aprovou a segunda e terceira leituras de um projeto de lei que permite que colonos retornem a quatro assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Anadolu.
O projeto de lei revogou a legislação que ordenou a evacuação dos postos avançados ilegais de Homesh, Ganim, Kadim e Sa-Nur, em 2005.
A emenda foi aprovada por 31 votos a favor e 18 contrários, apesar da alta abstenção na câmara de 120 assentos.
A evacuação dos postos avançados integrou um plano de desengajamento implementado pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon. Israel removeu na época mais de nove mil colonos de 21 assentamentos ilegais na Faixa de Gaza e no norte da Cisjordânia.
LEIA: Israel confisca 12 acres de terras palestinas em Ramallah e Salfit
“A Lei de Desengajamento destina-se a legitimar a expulsão de cerca de dez mil pessoas de suas casas, ao lhes arrancar seus meios de subsistência e estrutura de vida”, alega o texto legislativo.
Deputados governistas alegaram que o objetivo do desengajamento não foi alcançado. “Em vez de ser benéfico, causou dano, ao acentuar a dimensão da injustiça feita a nossos cidadãos, cuja evacuação e arrancamento foi formalizada por lei”, declarou o Knesset.
Estima-se que cerca de 650 mil colonos vivem ainda hoje em 164 assentamentos e 116 postos avançados na Cisjordânia ocupada. Conforme o direito internacional, todos os assentamentos nos territórios ocupados são ilegais.