O exército israelense impôs um novo cerco absoluto a Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, após um suposto ataque contra soldados estacionados em um checkpoint militar na aldeia de Huwara, ao sul da cidade.
Na noite de sábado (25), forças de ocupação fecharam todos os acessos a Nablus e proibiram as pessoas de entrar e sair da cidade, sob o pretexto de procurar suspeitos.
As Brigadas Abu Ali Mustapha, braço armado da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), reivindicaram responsabilidade pela operação de resistência.
Danny Danon, membro do Comitê de Segurança e Relações Exteriores do parlamento israelense (Knesset), alegou se tratar do “terceiro ataque no mesmo lugar”, em Huwara, ao reivindicar que o acesso à região, assim como seu comércio, seja “rigorosamente fechado” até que se concluam as obras de uma nova estrada exclusiva a colonos ilegais.
No sábado à noite, vários palestinos foram feridos quando forças israelenses invadiram diversas comunidades na província de Nablus.
Na cidade de Beita, ao sul de Nablus, um jovem sofreu uma fratura no pé ao ser agredido pelos soldados da ocupação. A vítima foi rapidamente transferida a um hospital.
Colonos se reuniram nas rotatórias de Huwara, sob escolta de soldados sionistas, com o intuito de agredir moradores e vandalizar casas. A situação na Cisjordânia permanece tensa, em meio a uma escalada nas agressões coloniais e subsequente resposta da resistência palestina.
Conforme o direito internacional, todos os assentamentos e colonos israelenses nos territórios ocupados, assim como a própria presença das Forças Armadas, são ilegais. Em contrapartida, a lei internacional reconhece como legítima todas as formas de resistência.
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