A saúde de Khader Adnan, prisioneiro palestino em greve de fome, de 44 anos, deteriorou-se gravemente. Adnan chegou ao 51º dia de protesto contra sua detenção administrativa em uma cadeia de Israel – isto é, sem julgamento ou acusação.
As informações foram corroboradas pelo Clube dos Prisioneiros Palestinos, ong que monitora as violações contra os palestinos em custódia da ocupação.
Adnan – da aldeia de Arraba, perto de Jenin, na Cisjordânia ocupada – iniciou sua greve de fome logo após ser preso, em 5 de fevereiro. Desde então, permanece na solitária. Segundo relatos, o prisioneiro foi privado de cobertores e casacos, apesar do inverno, em ato de retaliação por sua greve de fome.
Devido à deterioração de sua saúde, Adnan foi transferido à clínica da penitenciária de Ramleh, mas continua em condições precárias. Conforme Tamer Za’anin, porta-voz da Fundação Muhjat Al-Quds, Adnan sofre dores por todo o corpo e visão turva, além de náusea.
Pai de nove filhos – o mais novo com apenas 18 meses –, Adnan foi detido pelas autoridades de ocupação doze vezes e passou oito anos no total nas cadeias de Israel, em particular, sob a chamada detenção administrativa.
Um tribunal militar deveria realizar uma audiência sobre seu caso em 7 de março, mas decidiu adiá-la pela quarta vez para 4 de abril, em mais uma tentativa de dissuadi-lo da greve de fome.
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