As autoridades israelenses demoliram 953 estruturas palestinas na Cisjordânia ocupada no ano passado, de acordo com relato da União Europeia divulgado na terça-feira, informou a Agência de Notícias Anadolu.
“Em 2022, um total de 953 estruturas foram demolidas ou apreendidas em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém”, disse o Escritório de Representação da UE para os palestinos em um comunicado. O número de demolições constitui “o maior registrado desde 2016”, afirma a UE.
De acordo com o comunicado, mais de 80% das estruturas demolidas – 781 estruturas – estavam localizadas na Área C da Cisjordânia, que está sob controle militar total de Israel, deslocando cerca de 1.031 palestinos.
“Das estruturas visadas no período do relatório de doze meses, 101 estruturas foram financiadas pela UE ou pelos estados membros da UE (avaliadas em US$ 366.960), representando o terceiro maior dano financeiro desde 2016”, disse o comunicado.
A declaração da UE também citou 849 ataques de colonos contra palestinos em 2022.
Não houve comentários das autoridades israelenses sobre a declaração da UE.
Israel usa amplamente o pretexto da falta de licenças de construção para demolir estruturas palestinas, especialmente na Área C.
Sob os Acordos de Oslo de 1995 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, foi dividida em três partes – Área A, B e C.
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