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Israel lança satélite espião dias após acordo saudita-iraniano

Lançamento do satélite Ofek 9 da base israelense de Palmachim, 23 de junho de 2010 [Indústria Aeroespacial de Israel/Getty Images]

Israel lançou nesta quarta-feira (29) uma nova versão do seu satélite Ofek, para aumentar sua capacidade de espionar os países vizinhos.

O lançamento foi supervisionado pelo ministro da Defesa Yoav Gallant. A presença de Gallant foi vista como indicação de que ele permanece no cargo, apesar de um desentendimento com o premiê Benjamin Netanyahu sobre a reforma judicial do governo, que levou à demissão nominal do ministro no fim de semana.

O satélite Ofek 13 foi fabricado pela Indústria Aeroespacial de Israel – empresa estatal ligada às Forças Armadas. Trata-se do mais recente lançamento de uma série de satélites de fabricação local — o primeiro dos quais entrou em órbita em 1988.

O satélite foi lançado em um míssil Shavit e sobrevoou o Mar Mediterrâneo, a fim de evitar que tecnologia sensível caísse nas mãos de vizinhos hostis, em caso de falha.

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Gallant celebrou o evento como “um importante exemplo da inovadora defesa estabelecida por Israel”. O ministro prometeu aprimorar, junto ao lançamento, a vigilância regional 24 horas por dia, enquanto o país se prepara para um eventual confronto com Teerã.

“Israel já provou suas diversas capacidades espaciais muitas vezes e é um dos poucos países a possui-las”, insistiu Gallant, “capacidades que continuamos a desenvolver e fortalecer”.

Israel é um dos poucos países do mundo que operam satélites de reconhecimento, dando-lhe capacidades avançadas de coleta de inteligência. Até 2020, a lista incluía também o Irã, com um lançamento bem-sucedido de um satélite próprio para compilar informações.

O lançamento em Israel ocorre pouco depois da normalização das relações entre Arábia Saudita e Irã, sob mediação da China. Israel considera a aproximação entre os adversários regionais uma ameaça aos seus interesses. Como parte do acordo, Pequim concordou em compartilhar o uso de satélites espiões com Riad e Teerã.

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