Arábia Saudita e China lançaram esforços conjuntos para estabelecer uma refinaria integrada e complexo petroquímico para produtos e matérias-primas sob a iniciativa trilionária do Cinturão e da Rota (BRI) – também conhecido como “Nova Rota da Seda”.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
O plano sino-saudita de US$12,2 bilhões, sob a promessa de “iniciativa verde de baixo carbono”, foi lançado na cidade de Panjin, na província de Liaoning, no nordeste da China, de acordo com o jornal chinês Global Times.
A Aramco, empresa estatal de petróleo saudita, confirmou em comunicado que a cerimônia de lançamento do projeto ocorreu na quarta-feira (29). A empresa árabe terá participação de 30% enquanto os conglomerados Norinco e Panjin Xincheng terão 51% e 19%, respectivamente.
O complexo “deverá estar totalmente operacional em 2026”, insistiu a Aramco, com capacidade de “até 210 mil barris por dia (bpd) de matéria-prima de petróleo”.
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Mohammed al-Qahtani, alto funcionário da Aramco, comentou: “Este complexo é pedra angular dos esforços para apoiar um setor integrado mundialmente de refino e comercialização aqui na China, já que produtos petroquímicos terão um papel vital em nosso êxito compartilhado”.
Uma vez concluída, a Companhia Petroquímica Huajin Aramco (HAPCO) “será um modelo para a indústria petroquímica moderna da China, capaz de fornecer itens de baixo carbono, produtos químicos e materiais avançados”, reiterou al-Qahtani durante o lançamento.
“Panjin construiu um canal profundo com capacidade de cem mil toneladas, um cais de petróleo bruto de 300 mil toneladas e uma estação de saneamento com capacidade de 60 mil toneladas por dia, como parte da infraestrutura do projeto”, acrescentou o jornal chinês.
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