Ataques e assentamentos israelenses nos territórios palestinos registraram aumento em 2022, reportou o Escritório Central de Estatísticas da Palestina em relatório emitido para marcar o 47º Dia da Terra, data celebrada anualmente em 30 de março.
Segundo o relatório, as autoridades de Israel aprovaram 83 planos para construir mais de 22 mil novas unidades coloniais nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém.
O relatório registrou 483 pontos de ocupação e bases militares israelenses na Cisjordânia até o final de 2022, entre os quais, mais de 160 assentamentos ilegais e dezenas de postos avançados coloniais. Pontos de ocupação incluem também zonas industriais, turísticas e comerciais.
Até o fim de 2022, o número de colonos ilegais na Cisjordânia chegou a 719.452 pessoas.
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O documento enfatizou também que a ocupação israelense explora hoje mais de 85% da área total da Palestina histórica.
Sob escolta policial e militar, colonos ilegais realizaram 8.724 ataques contra cidadãos palestinos e suas casas em 2022. Destes, ao menos 1.515 ataques a propriedades e lugares religiosos, 362 ataques à terra e recursos naturais e 6.847 ataques a indivíduos.
Grupos de colonos tentaram estabelecer novos postos avançados – ilegais até mesmo sob a lei israelense – ao menos 63 vezes. Foram apreendidos 294 itens palestinos, incluindo 48 tratores agrícolas e 53 carros. Colonos e soldados também danificaram árvores e roubaram colheitas.
Israel matou cerca de cem mil palestinos desde sua criação durante a Nakba ou “catástrofe” em 1948, acrescentou o relatório.
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