Colonos israelenses destruíram e arrancaram centenas de oliveiras e videiras recém-plantadas na cidade de al-Khader, ao sul de Belém, na Cisjordânia ocupada.
As informações são da agência de notícias Wafa.
Conforme o ativista local Ahmad Salah, um grupo de colonos do assentamento ilegal de Elazar, próximo à aldeia, invadiu as terras do cidadão palestino Yousef Musa para destruir cerca de 250 mudas de oliveiras e 150 mudas de videiras.
A violência colonial contra os palestinos e suas propriedades é rotina na Cisjordânia, raramente sancionada pelas autoridades de Israel.
Mais de 700 mil colonos vivem em assentamentos exclusivamente judaicos nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Todos os assentamentos e colonos radicados na região são ilegais conforme o direito internacional.
FOTOS: Palestinos plantam árvores para o Dia da Terra
Salah observou que os colonos ilegais atacaram outras fazendas perto da aldeia.
A colheita de azeitonas é a principal fonte de renda a milhares de palestinos. Há anos, colonos destroem regularmente milhares de oliveiras nas terras ocupadas; os ataques se intensificam na época da colheita, com o intuito de maximizar os danos sobre os camponeses nativos.
Oliveiras são ainda um símbolo do vínculo palestino à terra. Resistentes à seca, crescendo em solos precários e produzindo frutos por centenas (até milhares) de anos, as oliveiras palestinas representam a resistência sob a brutal ocupação de Israel.
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