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Presidente do Zamalek quer banir torcedores por emoji na arquibancada

Presidente do clube Zamalek Murtada Mansour celebra com jogadores vitória contra o Al Hilal da Arábia Saudita, no Estádio Rei Saud de Riad, em 6 de outubro de 2018 [STR/AFP via Getty Images]
Presidente do clube Zamalek Murtada Mansour celebra com jogadores vitória contra o Al Hilal da Arábia Saudita, no Estádio Rei Saud de Riad, em 6 de outubro de 2018 [STR/AFP via Getty Images]

O presidente do clube de futebol egípcio Zamalek, Murtada Mansour, ameaçou banir um grupo de torcedores que formou um emoji gigante de “rosto com raiva” nas arquibancadas, durante um jogo da Liga dos Campeões da África contra o Al-Merreikh, do Sudão, na sexta-feira (31).

Segundo a Reuters, os torcedores fizeram o gesto como protesto contra o fraco desempenho do campeão egípcio na competição continental, após a terceira eliminação consecutiva do clube na fase de grupos do torneio.

Em vez do branco habitual, cerca de 150 torcedores do Zamalek vestidos de preto sentaram-se em formação durante o jogo, formando o gigantesco emoji. O Zamalek venceu o time sudanês por 4 a 3 no Estádio Internacional do Cairo, mas não foi suficiente para apaziguar a crise.

Após a partida, Mansour reclamou aos jornalistas: “O Zamalek veste branco com duas linhas vermelhas. Quem quiser nos apoiar é bem-vindo, mas não de preto. Aqueles que foram ao jogo de preto não poderão mais entrar!”

O Zamalek, que recentemente rescindiu o contrato de seu treinador português Jesualdo Ferreira – pela segunda vez em dois meses, após uma breve demissão em janeiro –, ocupa atualmente a quinta posição na Liga Egípcia.

No entanto, está 11 pontos atrás de seu rival Al-Ahly, com dois jogos atrasados na tabela – isto é, apenas seis pontos em jogo.

Mansour acabou de cumprir uma sentença de um mês de prisão por difamar o presidente do Al-Ahly, Mahmoud el-Khatib. Mansour também é político e ex-deputado e usou da imunidade parlamentar para se proteger de possíveis casos de calúnia.

Porém, após perder a eleição em 2020, el-Khatib entrou com um processo por difamação contra o cartola por um vídeo divulgado nas redes sociais do Zamalek.

A princípio, Mansour foi condenado a um ano de prisão, mas teve a sentença reduzida para um mês em agosto de 2022. No mês passado, um novo recurso foi indeferido e a prisão foi mantida.

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