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Comissárias de bordo denunciam ex-premiê do Líbano por estupro

Ex-primeiro-ministro do Líbano Saad Hariri em Moscou, em 16 de abril de 2021 [Ministério de Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]

O ex-primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, foi acusado de estuprar e agredir sexualmente duas comissárias de bordo, que registraram sua denúncia na justiça dos Estados Unidos.

Segundo a rede CNN, as comissárias de bordo denunciaram Hariri por agredi-las a bordo de seu avião particular Boeing-737, entre 2006 e 2009. Um dos incidentes ocorreu durante uma visita oficial a Washington, no ano de 2007.

A queixa foi apresentada a uma corte federal em Nova York, em 20 de março, envolvendo Hariri e outros cinco réus. As mulheres, não identificadas, acusam o ex-premiê de “múltiplas instâncias de cárcere privado, agressão e assédio sexual”.

Uma das mulheres o acusa de “estupro brutal no local de trabalho”.

Os documentos mencionam ainda que o ex-primeiro-ministro submeteu ambas a “um ambiente permeado de contato impróprio, coerção, assédio e demandas por favores sexuais”.

Conforme a denúncia oficial, “Hariri abusou de sua posição de poder na companhia aérea para sua própria gratificação sexual enquanto vitimizava reiteradamente ambas as autoras”.

O jornal New York Post reportou relatos de que Hariri costumava viajar “fortemente medicado” e que seus amigos bebiam e usavam cocaína durante os voos.

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No sábado (1°), a assessoria de imprensa de Hariri negou as acusações em comunicado à CNN, ao alegar que a ação está “repleta de acusações absolutamente falsas e inaceitáveis, com intuito de injuriar e difamar o primeiro-ministro”.

Segundo a nota, é a terceira vez que as autoras tentam processar o ex-premiê libanês em Nova York. A assessoria de Hariri insistiu que a denúncia “não passa de uma campanha de difamação orquestrada por duas mulheres que buscam obter ganhos financeiros”.

As mulheres – cidadãs da Austrália e do País de Gales – processaram Hariri – que possui dupla cidadania saudita-libanesa – conforme a Lei dos Sobreviventes Adultos do Estado de Nova York e pedem indenização não-especificada pelo sofrimento perpetrado em serviço.

Hariri, de 52 anos, serviu como primeiro-ministro do Líbano de 2009 a 2011 e novamente entre 2016 e 2020, antes de se retirar da política em 2022, em meio à persistente crise em seu país, e se estabelecer nos Emirados Árabes Unidos.

Hariri voltou brevemente a Beirute em fevereiro para participar dos atos em memória do 18º aniversário do assassinato de seu pai, Rafic Hariri, ex-premiê por dois mandatos, morto por um ataque à bomba atribuído ao Hezbollah. O movimento nega qualquer envolvimento.

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