O exército israelense encaminhou dois batalhões do exército para trabalhar nos checkpoints de Qalandia e Belém, na Cisjordânia ocupada, durante o mês islâmico do Ramadã.
“Os batalhões trabalharão para melhorar o funcionamento das travessias e fornecer medidas de proteção na área”, alegou um porta-voz do exército ocupante. As forças complementares estão estacionadas nos postos de controle durante todas as sextas-feiras do Ramadã.
Segundo o porta-voz, a Administração Civil – órgão colonial incumbido dos territórios palestinos ocupados – implementará medidas adicionais para “facilitar” a entrada de fiéis na Mesquita de Al-Aqsa, onde realizam suas orações de sexta-feira durante o mês sagrado.
“Há melhoria tangível na infraestrutura nas travessias de segurança, com intuito de garantir a passagem rápida e confortável dos palestinos da Cisjordânia”, insistiu o porta-voz, ao destacar que 120 mil palestinos passaram pelos checkpoints de Belém e Qalandia na sexta-feira (31).
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Apesar das promessas de salvo-conduto e do pretexto de segurança, residentes palestinos dos territórios ocupados denunciam que os checkpoints militares impostos por Israel efetivamente restringem sua liberdade de culto e movimento.
Na manhã de sexta-feira, o general Yehuda Fuchs, comandante da Região Central das Forças de Defesa de Israel (FDI), visitou ambos os checkpoints, acompanhado do chefe da Administração Civil, Faris Attila, e de outros oficiais do governo israelense.
Durante a visita, Fuchs avaliou as medidas tomadas nos cruzamentos para “facilitar” a entrada dos palestinos, incluindo infraestrutura de “inspeção inteligente e áreas de espera”.
Segundo o oficial de engenharia da Região Central, os postos de controle foram “aprimorados” com blocos de concreto, pontos de checagem e reforço de pessoal. Os checkpoints são notórios por sua arquitetura hostil: arame farpado, cercas de metal e soldados pesadamente armados.
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