Tomer Bar, chefe da Força Aérea de Israel, ameaçou demitir pilotos e reservistas que deixarem de participar de treinamentos ou missões como protesto à reforma judicial do governo, relatou a imprensa local nesta segunda-feira (3).
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo a televisão israelense, Bar advertiu que pilotos e reservistas que não comparecerem ao serviço serão punidos e possivelmente removidos da atividade operacional.
Centenas de soldados deixaram de participar de missões ou treinos à medida que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avança com seus planos de reforma judicial. Reservistas são fundamentais ao exército ocupante durante “emergências”, a fim de aumentar o número de suas tropas.
Israel vivencia protestos de massa há três meses, em particular, contra o projeto do governo de retirar poderes do judiciário em favor do executivo.
Netanyahu é réu por corrupção e crimes de responsabilidade, mas insiste que a proposta serve à “democracia”, para restaurar o equilíbrio entre os poderes. Na semana passada, no entanto, o premiê cedeu à pressão ao anunciar uma pausa temporária na tramitação da reforma.
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