Mais de 1.500 colonos israelenses entraram à força no complexo da Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém ocupada durante o feriado judaico de Páscoa (Pessach), nesta segunda-feira (10).
Em nota, o Departamento de Recursos Islâmicos de Jerusalém reportou a invasão de ao menos 1.532 colonos em Al-Aqsa. Segundo o comunicado, colonos entraram no complexo islâmico em 21 grupos, sob escolta armada da polícia israelense.
As autoridades ocupantes também emitiram ordens para impedir que palestinos com menos de 50 anos entrassem em Al-Aqsa para realizar as preces do Ramadã.
Testemunhas relataram a mobilização de forças policiais no pátio de Al-Aqsa, antes da entrada dos colonos, por meio do Portão Mughrabi, situado no muro ocidental do complexo. A polícia removeu fiéis muçulmanos do local, durante a invasão dos colonos.
No domingo (9), o Departamento de Recursos Islâmicos reportou a invasão de 912 colonos em Al-Aqsa, durante as celebrações da Páscoa judaica que continuam até 12 de abril.
A tensão se intensificou ainda mais nos territórios palestinos ocupados após forças israelenses invadirem o complexo de Al-Aqsa em Jerusalém Oriental e retirarem à força fiéis palestinos, na semana passada.
As incursões de colonos e soldados israelenses na mesquita deflagraram disparos de foguetes da Faixa de Gaza e do Líbano. Israel retaliando com bombardeios aéreos.
Os palestinos acusam Israel de trabalhar sistematicamente para apagar a identidade islâmica e cristã de Jerusalém ocupada e substituí-la por uma identidade supremacista judaica.
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Para os muçulmanos, a Mesquita Al-Aqsa representa o terceiro local mais sagrado do mundo. Para fundamentalistas judeus, a área é chamada de Monte do Templo, supostamente o local de dois templos judaicos da Antiguidade.
Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Em 1980, o Estado sionista anexou toda a cidade – medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.