Palestinos de Gaza realizaram um ato em solidariedade aos presos doentes detidos nas cadeias da ocupação israelense, ao reivindicar cuidados médicos adequados e a devolução dos corpos dos mártires às famílias, para que sejam devidamente sepultados.
O ato foi convocado pelo Comitê de Prisioneiros das Forças Nacionais e Islâmicas de Gaza, junto ao Ministério da Saúde do território costeiro. Ex-prisioneiros, médicos e paramédicos, incluindo ambulâncias, ativistas e familiares marcharam ao escritório local da Cruz Vermelha.
O evento antecede o Dia dos Prisioneiros Palestinos, em 17 de abril.
Ashraq al-Qudra, porta-voz do ministério, declarou: “Nossas bravas famílias ainda sofrem com os crimes hediondos cometidos pela ocupação. O Serviço Penitenciário de Israel não tem opção para perpetrar o ódio e as atrocidades de seu governo senão por meio de restrições vorazes e racistas sobre os direitos mais básicos dos prisioneiros palestinos”.
LEIA: Israel mantém quase mil palestinos na prisão sem acusação ou julgamento
Al-Qudra reiterou que os corpos de 12 palestinos que faleceram em custódia continuam retidos por Israel. O oficial palestino reforçou apelos à comunidade internacional para que investigue o assassinato metódico e vagaroso de presos palestinos pelas autoridades ocupantes.
As autoridades de Israel são responsáveis por negligência médica deliberada, além de condições desumanas de detenção, prisões arbitrárias e execuções sumárias.
No total, Israel mantém sob custódia 117 corpos de cidadãos palestinos, incluindo 12 menores e 12 prisioneiros. Há ainda 256 corpos enterrados nos chamados “cemitérios de números” – isto é, sem identificação. Outros 74 palestinos estão desaparecidos.