O sheikh Izzedine Amarneh, clérigo islâmico e deficiente visual, deu início a uma greve de fome em protesto a sua detenção administrativa, sem julgamento ou acusação, imposta pelas forças da ocupação israelense. Sua família confirmou a medida neste domingo (24).
Amarneh recebeu seu doutorado de uma universidade na Malásia.
Em 21 de fevereiro de 2022, soldados de Israel invadiram sua casa em Yabad, perto de Jenin, na Cisjordânia. Quase imediatamente, foi sentenciado a seis meses de detenção administrativa, sob “evidências secretas”. O estudioso islâmico permanece detido há 14 meses.
“Sua greve de fome sucedeu tempos árduos à espera das cortes israelenses, que demonstraram carecer dos princípios básicos de justiça”, confirmou a família em nota, ao descrever o protesto como um “grito por dignidade”.
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A família pediu solidariedade a Amarneh e outros palestinos sob detenção administrativa.
Em fevereiro, um tribunal militar de Israel renovou a pena de Amarneh por quatro meses.
Conforme entidades de direitos humanos, há hoje 4.900 prisioneiros palestinos nas cadeias da ocupação, incluindo 34 mulheres e 150 menores de idade. O número de presos em detenção administrativa excedeu 1.016 pessoas em março, incluindo seis menores e uma mulher.
O sheikh Izzidine tem dois filhos também em detenção administrativa, Mujahed e Mohammad. Outro filho, Ahmad, está em custódia da Autoridade Palestina.