Israel busca persuadir emissários de vários países a não comparecerem ao evento em memória do 75º aniversário da Nakba na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, reportou a televisão israelense. O evento está agendado para 15 de maio.
Segundo as informações, um oficial israelense de alto escalão afirmou que “caso necessário, [o primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu participará pessoalmente dos esforços, sem hesitar”.
Em mensagem a delegados dos estados-membros, o Ministério de Relações Exteriores de Israel os instou a “abster-se de participar do evento para comemorar o 75º aniversário da Nakba … Abu Mazen [isto é, o presidente palestino Mahmoud Abbas] fará um discurso, então peça a seus colegas, sobretudo aqueles em níveis mais altos, para instar seus delegados a não participarem do evento que adota a narrativa palestina que se opõe ao direito de Israel existir.”
Em comunicado à imprensa, a chancelaria descreveu o evento da Nakba como “outra tentativa palestina de reescrever a história”.
Nakba – em árabe, “catástrofe” – é o nome dado à limpeza étnica de aproximadamente de 800 mil palestinos expulsos de suas terras e lares por milícias terroristas de ideologia sionista, como Irgun, Lehi e Haganah, que deram origem ao exército de Israel, culminando na criação do Estado colonial sobre a Palestina histórica em 1948.
Em dezembro, a Assembleia Geral da ONU voltou a adotar cinco resoluções de princípio, quatro das quais se referem à Palestina e a quinta às Colinas de Golã, pertencentes à Síria, como terras ocupadas. Uma cláusula foi adicionada a uma das resoluções, concernente à inclusão oficial do 75º aniversário da Nakba palestina no calendário das Nações Unidas.