O Estado de ocupação israelense trava uma guerra sistemática para eliminar a presença islâmica de Jerusalém, disse nesta quarta-feira (26) Najeh Bakirat, diretor adjunto do Departamento de Recursos Religiosos da cidade ocupada.
Bakirat reiterou que as últimas incursões da polícia israelense na Mesquita de Bab Al-Rahma, no complexo de Al-Aqsa, “têm como objetivo testar o pulso dos muçulmanos, para então fechá-la permanentemente”. Conforme alertas, Israel planeja transformar Bab Al-Rahma em sinagoga.
“Israel trabalha para reaver influência e controle militar e administrativo, em termos absolutos, sobre a Mesquita de Al-Aqsa”, reafirmou Bakirat ao jornal Al-Resalah de Gaza. “Houve intensa atividade militar israelense no complexo de Al-Aqsa nos últimos dois dias.”
Bakirat sugeriu que tais operações são uma mensagem aos quatro milhões de muçulmanos que participaram das preces na Mesquita de Al-Aqsa durante o mês do Ramadã, que terminou no último fim de semana.
“Esta é uma guerra abrangente que visa a demografia, geografia e presença islâmica na cidade sagrada”, explicou Bakirat, ao observar que Israel planeja separar e judaizar a parte oriental do município. “Trata-se de uma guerra que visa todos os aspectos da vida em Jerusalém.”