Nesta terça-feira (25), o Kuwait voltou a pedir à comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que condene a ocupação israelense e a recente escalada de ataques contra civis palestinos.
Em declaração ao conselho sobre a situação no Oriente Médio e a questão palestina, Abdulaziz Amash, emissário kuwaitiano, exigiu responsabilização dos agentes israelenses por seus crimes, incluindo expansão dos assentamentos, demolição de casas, despejos arbitrários e restrições de culto e movimento.
O diplomata advertiu para a urgência de conceder proteção internacional ao povo palestino, de acordo com propostas do secretariado-geral da ONU, ratificadas pelo Conselho de Segurança.
Segundo Amash, paz, segurança e estabilidade na região serão conquistadas apenas quando os palestinos obtiverem seus direitos legítimos, incluindo autodeterminação. Para tanto, reiterou, é preciso dar fim à ocupação e reconhecer a independência do Estado da Palestina, com plena soberania sobre as terras de 1967, com Jerusalém como capital.
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Em diversas ocasiões, o Kuwait recorreu às plataformas globais para expressar posições firmes em apoio aos direitos do povo palestino, condenar a ocupação e rechaçar a normalização entre regimes árabes e o estado ocupante.
Durante a sessão da ONU, representantes de Equador, Gana, França e Emirados Árabes Unidos, manifestaram apreensão sobre a violência em Jerusalém, ao pedir “desescalada de tensões”. As partes declararam apoio aos direitos palestinos e pediram fim à perseguição.
Mais de 750 mil palestinos nativos foram expulsos de suas casas e terras em 1948 para permitir a criação do Estado de Israel. Desde então, mais de um milhão de pessoas foram detidas pelas forças da ocupação, muitas das quais por ativismo cívico, postagens nas redes sociais e outros atos de resistência legal à tomada de suas terras.
Duas semanas atrás, durante o mês islâmico do Ramadã, soldados de Israel voltaram a invadir a Mesquita de Al-Aqsa, onde prenderam 400 fiéis.
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