Um tribunal iraniano ordenou os Estados Unidos a pagar US$ 312,9 milhões em indenizações a famílias das vítimas dos ataques do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh) no Irã, ocorridos há quase seis anos.
Em 7 de junho de 2017, ataques visaram o parlamento do Irã, no centro de Teerã, e o mausoléu do aiatolá Khomeini, no sul da capital. Militantes armados atiraram e detonaram explosivos nos locais, deixando 17 mortos e 50 feridos. O Daesh reivindicou a responsabilidade pelo incidente.
Em comunicado divulgado na quarta-feira (26), o departamento de política externa e direitos humanos do judiciário iraniano sentenciou nove autoridades e instituições americanas a pagar compensação às famílias, dentre as quais, o governo federal, os ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush, o Comando Central (CENTCOM), seu ex-comandante, Tommy Franks, a Agência Central de Inteligência (CIA), a corporação Lockheed Martin e a companhia American Airlines.
Segundo a decisão, os Estados Unidos tiveram “papel fundamental na formação e orientação de grupos terroristas”, junto de influência da mídia e de discursos oficiais, além do envolvimento da CIA no estabelecimento de tais organizações.
A sentença determinou que Washington deve pagar US$ 9,95 milhões em danos financeiros e US$ 104 milhões e US$ 199 milhões, respectivamente, em danos morais e punitivos, totalizando US$ 312,9 milhões às famílias das vítimas.
Embora o comunicado tenha insistido que a decisão foi tomada em resposta a reclamações de três famílias, a medida serve de resposta à apreensão de ativos iranianos pelos Estados Unidos e ordens emitidas por cortes americanas para culpar Teerã por ataques terroristas.
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