Autoridades israelenses ordenaram nesta sexta-feira (28) que um marceneiro palestino fechasse e esvaziasse sua loja, situada na Cidade Velha de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, até 9 de maio, reportou a agência de notícias Wafa.
Conforme Imad Hamdan, diretor do Comitê de Reconstrução de Hebron, soldados invadiram o estabelecimento de Abdul Mahdi Abu Eisheh, tomaram suas chaves e ameaçaram removê-lo à força caso ele não evacue o local até a data limite.
No mês passado, colonos demoliram cinco lojas na Cidade Velha de Hebron, sob escolta armada de soldados da ocupação.
Ataques coloniais contra palestinos nativos se intensificaram nos últimos anos, sob proteção das forças ocupantes aos agressores, além de encarceramento em massa de residentes que tentam proteger suas terras e propriedades.
Imad acredita que se trata do primeiro passo para conceder 70 lojas palestinas na Cidade Velha de Hebron a colonos ilegais.
Em Hebron, uma das localidades mais dramáticas em termos de violência colonial, tais esforços têm como intuito expulsar a população nativa para expandir os assentamentos ilegais. A cidade tem cerca de 200 mil habitantes, dos quais 40 mil palestinos na Cidade Velha.
Entre 400 e 850 colonos radicais vivem no centro, além de oito mil colonos no assentamento de Kiryat Arba settlement, nos arredores de Hebron.
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