Dezenas de milhares de israelenses tomaram as ruas em Jerusalém nesta quinta-feira (27), para expressar apoio ao controverso plano de reforma judicial proposto pela coalizão de ultradireita do atual premiê Benjamin Netanyahu.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, os manifestantes começaram o ato em frente ao edifício da Suprema Corte de Israel, na cidade ocupada de Jerusalém.
Desde o início da semana, partidos de extrema-direita convocam seus eleitores à manifestação. Conforme relatos da imprensa, o ato foi financiado pelo partido Likud – de Netanyahu –, junto do partido Sionismo Religioso, chefiado pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
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Trata-se da primeira manifestação de apoio ao plano após meses de protestos de massa contra o governo.
A polícia fechou as principais vias de Jerusalém devido aos protestos.
Organizadores exigem aprovação da reforma na próxima sessão do parlamento (Knesset), que começa na próxima semana.
No sábado (22), o presidente israelense Isaac Herzog descreveu o conflito sobre a reforma como a maior crise interna desde a criação do Estado ocupante.
O plano limita os poderes da Suprema Corte em favor do executivo, em particular ao nomear o comitê responsável pela indicação de juízes. Críticos alertam que a medida é um golpe contra o judiciário, em franco detrimento do equilíbrio entre os poderes.