O caso dos prisioneiros do Hamas na Arábia Saudita caminha para uma solução nas próximas semanas após líderes do movimento palestino afirmarem que o caso seria reavaliado.
Fontes diplomáticas ocidentais disseram ao jornal Rai Al-Youm que o caso de indivíduos detidos sob acusações relacionadas ao Hamas foi uma das três reivindicações apresentadas a Riad pela delegação do grupo que recentemente realizou a Umrah, no final do Ramadã.
A peregrinação islâmica coincidiu com avanços políticos, ao possivelmente abrir caminho para a comunicação entre as partes. Entre os pontos mais críticos, está a libertação de prisioneiros em custódia saudita supostamente ligados ao Hamas.
O número de presos mencionados nas conversas entre Hamas e Riad, bem como nas discussões sauditas com os rebeldes houthis do Iêmen, é de aproximadamente 65 pessoas, dos quais cinco têm nacionalidade saudita.
As acusações giram em torno de operações para promover atividades do Hamas, entre as quais, coleta de doações para o movimento palestino em território do reino. A maioria dos réus possui passaporte emitido pela Jordânia ou pela Autoridade Palestina.
Recentemente, autoridades sauditas deram permissão aos prisioneiros para que cumprissem o resto de suas penas em seus países. Apesar do alívio, segundo relatos, faltou coordenação com Amã ou Ramallah e mesmo com a liderança do movimento Hamas.
Apesar disso, palestinos que acompanham o caso esperam que a medida sirva de prelúdio para libertar prisioneiros com penas entre cinco e 25 anos – muito embora não haja ainda qualquer compromisso oficial saudita.
Os novos memorandos de soltura ou transferência de pena estão em fase de preparo, à espera de uma decisão política, segundo um ativista de um comitê jordaniano que monitora o caso.
Aproximadamente 15 prisioneiros que cumpriram suas penas já foram libertados. Outros pouco a pouco são libertados e enviados ao exterior.
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