Ao menos 20 mil pessoas se refugiaram no Chade desde que conflitos se deflagraram no vizinho Sudão, há duas semanas, reportou a Organização Internacional para a Migração (OIM), segundo informações da agência de notícias Anadolu.
“A maioria das pessoas que chegam ao Chade precisam de ajuda humanitária urgente, incluindo comida, água e acomodação”, afirmou em nota Anne Kathrin Schaefer, chefe da missão da OIM no país centro-africano, na quinta-feira (28).
Conforme Schaefer, a maioria das chegadas são de cidadãos sudaneses ou chadianos. Agentes da OIM trabalham dia e noite nos 1.400 km de fronteira, junto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em três centros distintos para deslocados.
Os serviços da Organização das Nações Unidas (ONU) ajudarão os refugiados com os processos consulares, reiterou Schaefer.
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O Sudão abriga um recorde de 1.3 milhão de imigrantes, segundo estimativas da ONU. Devido a sua localidade geográfica, ao sul da Líbia, o Chade é hoje um dos principais eixos migratórios do continente africano.
“A comunidade internacional deve ampliar seu apoio financeiro urgentemente para nos ajudar com uma resposta rápida a necessidades cada vez maiores, em termos de logística e assistência operacional, além de proteção, saúde e assistência psicossocial”, acrescentou Schaefer.
A oficial da ONU advertiu que a iminente temporada de chuvas deve agravar a situação.
Ao menos 460 pessoas foram mortas e mais de quatro mil ficaram feridas pelos confrontos no Sudão, entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido, desde o início do conflito, em 14 de abril, segundo estimativas do Ministério da Saúde.
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