Atendendo uma sugestão do Instituto Brasileiro-Palestino (Ibraspal), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados realizou audiência pública na quarta-feira (26) sobre a cidade ocupada de Jerusalém, para debater as violações da ocupação israelense.
As informações são da rede de notícias Quds Press.
O deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG) presidiu a sessão, que contou com a presença de diversos congressistas, ativistas, do embaixador iraniano em Brasília, Hossein Gharibi, e da embaixadora síria, Rania al-Haj Ali.
Na mesa de debates, Fatima Ali, vice-presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) falou sobre o apartheid de Israel e sua condenação internacional.
“O regime do apartheid israelense é rejeitado por governos e entidades de todo o mundo, pelas violações que vem praticando ao longo dos anos, bem como a expulsão dos palestinos de suas casas, como meio de praticar limpeza étnica [isto é] racismo que leva à existência de um estado apenas para os judeus”, explicou Fatima.
LEIA: Na Espanha, Lula comenta falha da ONU em estabelecer um Estado palestino
Sayid Tenório, vice-presidente do Ibraspal, acrescentou: “A questão central que sempre deve ser lembrada é a grande catástrofe que se representou na ocupação da Palestina há 75 anos, após a declaração do ‘Estado de Israel’ sobre as ruínas de uma terra e povo milenar”.
“Israel sabe muito bem que, do ponto de vista do direito internacional, da Carta das Nações Unidas, de dezenas de resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, Jerusalém não lhe pertence e nunca pertencerá”, reiterou Tenório.
O embaixador iraniano destacou o Dia Internacional de al-Quds (Jerusalém), proclamado após a Revolução Islâmica, em 1979, ao insistir que a data anual representa “a luta contra a entidade sionista, como fonte de todo mal, injustiça e violações cometidas contra os lugares sagrados de cristãos e muçulmanos na Palestina”.
Tenório comentou a iniciativa parlamentar à rede Quds Press: “Esta sessão é uma manifestação do apoio brasileiro à Palestina”. Em seguida, prometeu eventos para recordar o 75° aniversário da Nakba (“catástrofe”), como os palestinos chamam a criação do Estado de Israel, via limpeza étnica, em 15 de maio de 1948.
LEIA: Frente Palestina pede ao governo Lula denúncia do apartheid israelense
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
