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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Europa pede ‘investigação transparente’ sobre a morte de prisioneiro palestino

Khader Adnan, prisioneiro palestino em greve de fome [Twitter]

A União Europeia pediu às autoridades israelenses que investiguem devidamente o falecimento do preso palestino Khader Adnan, de 45 anos, confirmado por agentes penitenciários na manhã desta terça-feira (2). Adnan estava em greve de fome há 86 dias.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“A Europa contactou Israel sobre o caso do sr. Adnan, incluindo com o Ministério da Saúde, para inquirir o Estado sobre suas condições”, declarou Peter Stano, porta-voz de política externa da Comissão Europeia, a jornalistas.

Stano reiterou, porém, que Adnan morreu ao protestar contra seu “indiciamento por incitação e filiação ao movimento terrorista [sic] de Jihad Islâmica”. Adnan entrou em greve de fome contra sua detenção administrativa, isto é, sem qualquer julgamento ou sequer acusação.

A União Europeia, não obstante, fez coro aos apelos por uma “investigação transparente sobre as circunstâncias que levaram à sua morte”.

Stano reafirmou a posição europeia de reivindicar de todos os países que respeitem obrigações referentes aos direitos humanos de seus prisioneiros.

Em seguida, pediu a todas as partes relevantes que “evitem uma escalada em uma conjuntura já bastante volátil”, após “chamados por retaliação de grupos palestinos armados”.

Pai de nove filhos, Adnan lançou sua greve de fome em 5 de fevereiro. Adnan “recusou passar por exames médicos ou receber tratamento”, afirmou o Serviço Penitenciário de Israel (SPI). As autoridades israelenses, contudo, impediram qualquer contato com parentes ou advogados.

Khader Adnan residia em Jenin, norte da Cisjordânia. Foi preso 13 vezes por Israel e passou um total de oito anos atrás das grades. Adnan fez greve de fome um total de seis vezes. A primeira durou 25 dias, a segunda 67 dias e a terceira 58 dias.

Em 2018, entrou em greve de fome pela quarta vez contra sua detenção administrativa e passou 54 dias sem se alimentar. Em 2021, passou 25 dias em greve de fome. Dessa vez, aos 86 dias de protesto, não resistiu.

LEIA: Após 86 dias de greve de fome, palestino morre nas cadeias de Israel

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