Nesta terça-feira (2), um relatório do Banco Mundial preconizou que as taxas de crescimento econômico nos territórios palestinos ocupados deverão se “amenizar” em 2023, sob contínuas restrições israelenses à mobilidade, acesso e comércio.
Stefan Emblad, diretor do Banco Mundial para Cisjordânia e Gaza, comentou: “Fontes exógenas de riscos, como nas áreas de preço dos alimentos e energia, significam que a perspectiva geral continua lúgubre.”
O relatório elogiou, contudo, os esforços da Autoridade Palestina (AP) para promover reformas, incluindo a redução da folha de pagamento do setor público, mas alertou que as restrições de Israel e a dependência de doadores estrangeiros prejudicam a economia local.
Segundo Emblad, para elevar padrões de vida, melhorar a sustentabilidade das contas públicas e reduzir o desemprego, ainda é preciso atingir taxas de crescimento muito mais altas.
LEIA: Liga Árabe saúda decisão de Oslo de proibir produtos dos assentamentos israelenses
Emblad insistiu que a AP deve continuar a avançar nas reformas prioritárias, a fim de aumentar sua receita, melhorar a gestão da dívida e aprimorar a sustentabilidade fiscal.
Além disso, pediu a doadores e Israel que cooperem com o governo em Ramallah “para atingir a consolidação fiscal e estruturar a economia em uma base mais sólida”.
O estudo citou um relatório anterior do Banco Mundial que observou que o bloqueio imposto a Gaza e as restrições na Cisjordânia continuam como um dos maiores obstáculos à estabilidade, ao crescimento e ao desenvolvimento do setor privado nos territórios palestinos.
“Se [as restrições] não forem atenuadas ou suspensas, espera-se que a economia palestina continue operando muito abaixo do seu potencial”, concluiu Emblad.