O ex-premiê israelense Naftali Bennett afirmou que mais foguetes foram disparados contra o Estado de Israel nesta terça-feira (2) do que em todo o ano passado, durante seu governo.
Bennett publicou sua estimativa no Twitter, ao criticar a “fraqueza” do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diante dos avanços da resistência palestina.
“O governo de Netanyahu ‘conteve’ foguetes do Líbano, da Síria e de Gaza, mas não surpreende que o inimigo continue a disparar contra nós”, escreveu Bennett, conhecido por sua beligerante militância colonial. “Não é coincidência … Adotamos uma política de segurança forte, enquanto Netanyahu escolheu uma política fraca”.
Segundo o Times of Israel, o prefeito de Sderot, Alon Davidi, também expressou frustração com a resposta de Netanyahu às recentes tensões. Davidi acusou o atual gabinete de falar demais, ao deixar que “grupos terroristas” de Gaza ditem a conjuntura na frente sul.
“Chega de conversa”, afirmou Davidi à televisão. “Há dois grupos terroristas [sic] que mandam em Gaza. Eles atiram quando querem. Precisamos assassinar seus líderes”.
Sobre os supostos grupos governantes, Davidi aludiu aos movimentos de resistência Hamas – que administra de facto o território sitiado – e Jihad Islâmica – ao qual pertencia o prisioneiro Khader Adnan, cuja morte sob custódia israelense deflagrou a última escalada.
Sderot foi construída sobre as ruínas da aldeia palestina de Najd, que sofreu limpeza étnica por atos de milícias sionistas há quase 75 anos, em 15 de maio de 1948 – episódio que culminou na criação de Israel, conhecido pelos palestinos nativos como “Nakba” ou “catástrofe”.
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