Nesta quarta-feira (3), grupos de direitos humanos reforçaram seus apelos por uma investigação internacional sobre a morte do prisioneiro palestino Khader Adnan, após 86 dias de greve de fome nas cadeias de Israel.
Yasser al-Dirawi, advogado e membro da Sociedade Himayeh de Direitos Humanos, reafirmou: “Khader Adnan foi intencionalmente assassinado pela ocupação israelense. A ocupação e seus líderes têm de ser responsabilizados por este crime.”
Al-Dirawi reivindicou das potências globais que pressionem Tel Aviv pelo fim do mecanismo de detenção administrativa, empregue para encarcerar palestinos sem acusação ou julgamento por períodos de até seis meses, renovados arbitrariamente.
Segundo o advogado, é preciso compelir Israel a tratar os prisioneiros palestinos de acordo com o Estatuto de Roma e as Convenções de Genebra.
Salah Abdul Ati, presidente da Comissão Internacional em Defesa dos Prisioneiros, pediu à Cruz Vermelha que cumpra seu papel e pressione a ocupação israelense a liberar o corpo de Adnan o mais breve possível.
Abdul Ati também instou a Autoridade Palestina (AP) a “adotar medidas diplomáticas e levar a questão ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para comissionar a abertura de uma investigação internacional sobre o assassinato de Adnan.”
O também advogado descreveu o caso de Adnan como “crime completo”, ao denunciar que o Serviço Penitenciário de Israel (IPS) se recusou a transferi-lo a um hospital em meio à piora das condições de saúde do prisioneiro em custódia.
Na manhã de terça-feira (2), a ocupação israelense confirmou a morte de Adnan após quase três meses de greve de fome em protesto contra sua detenção administrativa.
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