Hamas saúda apelo da ONU por investigação sobre a morte de Khader Adnan

O Hamas agradeceu o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, por fazer coro aos apelos por uma “investigação transparente” sobre a morte do ativista palestino Khader Adnan, após 86 dias de greve de fome nas cadeias de Israel.

Jihad Taha, porta-voz do Hamas, destacou a necessidade de um inquérito promovido pela ONU para “responsabilizar todos os líderes e cúmplices da ocupação”, conforme nota compartilhada no website do grupo de resistência.

O Hamas reiterou considerar qualquer investigação conduzida pelo “governo fascista de Israel” como injusta, devido aos abusos contínuos da ocupação contra o povo palestino, seus direitos e seus lugares sagrados.

Taha pediu à ONU que pressione Israel a “dar fim a suas políticas abusivas contra os prisioneiros palestinos” e pediu união da população árabe para confrontar os crimes da ocupação.

Adnan (45), pai de nove filhos, começou sua greve de fome em 5 de fevereiro contra sua prisão sem julgamento ou acusação – mecanismo conhecido como “detenção administrativa”. Adnan “recusou exames e cuidados médicos”, alegou o Serviço Penitenciário de Israel.

Adnan residia em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, e foi detido 13 vezes pela ocupação, passando um total de oito anos atrás das grades.

Neste meio tempo, adotou como protesto a greve de fome em seis ocasiões. A primeira durou 25 dias; a segunda, sessenta e sete; a terceira, cinquenta e oito. Em 2018, passou 54 dias sem se alimentar; novamente, em 2021, vinte e cinco dias. Dessa vez, não resistiu.

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