A ocupação israelense ordenou a dedução de mais recursos tributários coletados em nome da Autoridade Palestina (AP), reportou a imprensa local.
A decisão veio do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, conhecido deputado de ultradireita, com o intuito de repassar os recursos a famílias israelenses.
Smotrich alegou que o dinheiro destinado a Ramallah é usado para financiar a resistência local, ao ignorar o fato de que o regime colonial sionista mantém coordenação de segurança com a Autoridade Palestina, ao reprimir efetivamente as ações dos palestinos.
“O Estado de Israel não vai mais financiar o terrorismo [sic] por meio da Autoridade Palestina, essa situação absurda não vai continuar”, insistiu o ministro.
Israel reteve 3.2 milhões de shekels (US$883 mil) somente neste mês, após deduzir 139 milhões (US$38 milhões) em janeiro. Os recursos são oriundos de impostos palestinos.
A Autoridade Palestina enfrenta uma dura crise financeira. Estimados em US$2.4 bilhões anuais – 15% do produto interno bruto (PIB) ou 65% dos recursos estatais de Ramallah –, os impostos são a base do orçamento público, cobrindo metade dos gastos.
A expropriação israelense de recursos tributários impede a Autoridade de pagar remunerações a seus servidores. A crise se agravou com a queda nas doações, na última década.