Neste domingo (7), Israel devolveu à Jordânia um membro do parlamento detido sob alegações de tentar contrabandear armas à Cisjordânia ocupada, reportou a Reuters.

Imad al-Adwan foi preso em 22 de abril em um posto israelense na região de fronteira. Porém, retornou a seu país, onde o inquérito sobre o caso deve prosseguir, conforme relato da agência de segurança interna de Israel, o Shin Bet.

Um porta-voz do congresso jordaniano corroborou que a imunidade parlamentar de Adwan foi revogada, de modo que ele pode ser indiciado. Segundo uma fonte de segurança da monarquia hachemita, o caso será levado a julgamento.

O caso criou novos atritos nas relações de três décadas entre os vizinhos, regularmente testadas pelas políticas coloniais de Israel contra o povo palestino e a Mesquita de Al-Aqsa, sob tutela da Jordânia, em Jerusalém ocupada.

Adwan supostamente foi pego com 12 rifles e 194 pistolas em seu carro, ao tentar atravessar a fronteira com seu passaporte diplomático. O Shin Bet o acusou de contrabandear ainda cigarros eletrônicos, animais e ouro, em troca de “grandes somas de dinheiro”.

Seu advogado em Israel não comentou o caso, mas confirmou a transferência de custódia.

O Shin Bet alegou que diversos outros suspeitos foram presos pelas autoridades da monarquia, supostamente envolvidos na operação.

Israel desfruta de laços próximos com a Jordânia, vizinho árabe com quem compartilha a maior extensão de fronteira; tensões políticas, no entanto, emergiram nos últimos anos. Muitos dos cidadãos do reino são de origem palestina.

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