Neste domingo (7), a Arábia Saudita prometeu conceder US$100 milhões em ajuda humanitária ao Sudão, além de anunciar uma campanha nacional para colher doações, segundo reportagem da agência de notícias Anadolu.
Mais de 550 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas desde 15 de abril, quando eclodiu um conflito entre as Forças Armadas do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Suporte Rápido, conforme dados corroborados pelo Ministério da Saúde.
A agência saudita SPA informou que o rei Salman bin Abdulaziz al-Saud e o príncipe herdeiro e governante de facto, Mohammad bin Salman, instruíram o Centro de Socorro Humanitário Rei Salman a fornecer US$100 milhões em diversos bens ao Sudão tomado por confrontos.
Além disso, a entidade beneficente da monarquia islâmica planeja coordenar uma campanha de doações por meio da plataforma Sahem, com objetivo de “aliviar as condições enfrentadas hoje pelo povo sudanês”..
“A ajuda emana da prontidão do custódio de Meca e Medina e do príncipe herdeiro em estar ao lado do povo sudanês e mitigar o impacto da crise”, insistiu Abdullah bin Abdulaziz al-Rabeeah, diretor do Centro de Socorro Humanitário Rei Salman.
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Al-Rabeeah acrescentou que serviços médicos e humanitários serão providenciados também a cidadãos sudaneses deslocados pelo conflito.
No sábado (6), Hussein Taha, secretário-geral da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), emitiu um apelo urgente a países-membros, instituições financeiras e humanitárias e doadores internacionais para que prestem socorro ao Sudão.
O país norte-africano não tem governo funcional desde o golpe militar de outubro de 2021. Os recentes conflitos resultaram das divergências entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido – que compartilhavam o poder – sobre a transição à democracia.