O Catar confirmou que sua posição sobre normalizar relações com o regime sírio do presidente Bashar al-Assad continua “inalterada”, segundo informações da agência Anadolu.
No domingo (7), a Liga Árabe, decidiu reintegrar a Síria após 12 anos suspensa, devido à guerra civil deflagrada pela repressão brutal do regime a protestos populares por democracia.
Doha é crítico contumaz de Assad desde o início do conflito em 2011. Em abril, o premiê catari, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, reiterou que seu boicote ao país continua em vigor.
“A posição oficial do Estado do Catar sobre a normalização com o regime é ligada sobretudo ao progresso rumo a uma solução política que cumpra as aspirações do povo sírio”, enfatizou em nota o porta-voz da chancelaria, Majed bin Mohammad al-Ansari, conforme a mídia estatal.
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“O Catar busca apoiar um consenso árabe e não deseja ser um obstáculo a tanto”, acrescentou. “Queremos trabalhar com nossos irmãos árabes para obter ao povo seus anseios por dignidade, paz, desenvolvimento e prosperidade”.
“Temos esperanças de que esse consenso seja motivo suficiente para que o governo trate das raízes da crise, que levou a nosso boicote, e assuma passos positivos sobre as questões postas pela população da Síria”, prosseguiu al-Ansari.
A decisão de reintegrar Damasco antecede em semanas a cúpula anual da Liga Árabe, em 19 de maio, na Arábia Saudita.
Apesar da duradoura suspensão do órgão de 22 membros, o regime de Assad passou a trocar contatos e visitas oficiais com diversos países árabes, sobretudo nos meses recentes. O avanço foi possível após Assad recapturar boa parte do país, com ajuda da Rússia e do Irã.