Israel mata civis palestinos em novos ataques aéreos a Gaza

Israel matou ao menos 13 palestinos nos mais recentes ataques aéreos contra a Faixa de Gaza sitiada, incluindo civis, quatro mulheres e quatro crianças, confirmaram fontes médicas locais. Ataques simultâneos atingiram Rafah, ao sul, e Cidade de Gaza, ao centro do território, às 2h30 da madrugada de terça-feira (9).

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, vinte pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças e sete mulheres. Alguns dos feridos estão em estado grave.

Fontes locais destacaram que o bombardeio contra a Cidade de Gaza teve como alvo um prédio residencial. Tareq Izzidine, oficial do movimento de Jihad Islâmica, foi morto. O mesmo ataque, porém, matou o dentista Jamal Khaswan, diretor do Hospital Al-Wafa, e sua família.

Outro ataque atingiu a residência de Khalil al-Bahtini, membro do movimento de Jihad Islâmica, incorrendo em sua morte junto de dois parentes.

O bombardeio em Rafah teve como alvo a casa de Jihad Ghannam, também membro da Jihad. Não há confirmação de baixas após a artilharia israelense atingir Khan Younis.

Conforme a ocupação, quarenta aeronaves participaram da operação “Flecha e Escudo”, contra Gaza; a ação foi planejada na última terça-feira (2), com alvos confirmados na sexta (5).

As facções da resistência palestina lamentaram os mártires e prometeram uma resposta “feroz” aos recentes ataques. Israel disse que qualquer foguete lançado de Gaza levará a uma operação de larga escala que pode durar dias.

Assentamentos perto de Gaza fecharam suas escolas e solicitaram aos colonos que deixassem a área, na expectativa de uma nova escalada. Travessias a Gaza também foram fechadas. Oficiais pediram aos hospitais locais que transfiram seus serviços vitais a áreas fortificadas.

O deputado de extrema-direita e ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, parabenizou o premiê israelense Benjamin Netanyahu pela ofensiva contra Gaza. Seu partido Otzma Yehudit (Poder Judaico) anunciou que voltará a votar com o governo no Knesset.

Yair Lapid e Benny Gantz, líderes da oposição, considerados “centristas”, também manifestaram seu pleno apoio a qualquer ofensiva militar contra os palestinos de Gaza.

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