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PAM elabora plano para chegar a 380 mil indivíduos vulneráveis no Sudão

Crescente Vermelho da Turquia distribui assistência após enchente na região de al-Kalakla, em Cartum, capital do Sudão, em 20 de setembro de 2020 [Crescente Vermelho da Turquia/Agência Anadolu]

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou nesta terça-feira (9) que planeja alcançar “com urgência” ao menos 380 mil pessoas dentre os grupos mais vulneráveis do Sudão.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

O PAM-Sudão disse em comunicado que continua comprometido em apoiar grupos carentes no país tomado por conflitos, mesmo após o recente saque de seus principais escritórios.

Segundo o relato, a agência chegou a mais de 35 mil pessoas em três estados – Gedaref, Nilo Branco e Kassala. Os pacotes assistenciais incluem alimentação para dois meses aos refugiados e deslocados internos. A operação foi retomada após ser suspensa na semana passada.

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A nota confirmou que a distribuição de pacotes emergenciais a sudaneses recém-deslocados no estado de Gezira começará nos próximos dias.

“Temos toda a intenção de continuar nosso trabalho para salvar vidas e planejamos alcançar ao menos 380 mil pessoas com urgência”, reiterou o comunicado. “Além disso, estamos ampliando nossas operações nos próximos meses para conceder apoio a quase cinco milhões de indivíduos vulneráveis em todo o Sudão, incluindo recém-deslocados, comunidades anfitriãs e refugiados e deslocados internos pré-existentes.”

Na sexta-feira (5), Eddie Rowe, diretor do PAM-Sudão, reportou à imprensa que cerca de 17 mil toneladas de ajuda alimentar, estimadas entre US$13 e 14 milhões, haviam sido saqueadas.

O PAM prevê que o número de pessoas sob grave insegurança alimentar no Sudão aumente em cerca de 2.5 milhões, alcançando 19 milhões de pessoas entre três a seis meses, caso o conflito em curso continue.

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Confrontos eclodiram em 15 de abril entre o exército e as Forças de Suporte Rápido (FSR), após meses de impasse sobre a integração do grupo paramilitar às tropas regulares, condição-chave do processo de transição à democracia no país.

O Sudão não tem governo funcional desde outubro de 2021, quando os militares destituíram o governo transicional do premiê Abdalla Hamdok, ao impor “estado de emergência”. A ação foi amplamente descrita como golpe militar.

O período de transição do Sudão começou em agosto de 2019, após a queda do longevo ditador Omar al-Bashir, e estava previsto para culminar em eleições no início de 2024.

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