Jihad Islâmica justifica mísseis em resposta aos assassinatos em Gaza

O movimento palestino de Jihad Islâmica, radicado em Gaza, confirmou nesta quinta-feira (11) ter disparado foguetes em direção a Israel, como resposta aos recentes assassinatos de figuras de liderança da resistência armada, segundo informações da agência Anadolu.

“A sala de operações conjunta das facções de resistência palestina, as Brigadas al-Nasser Salah al-Din e as Brigadas al-Quds lançaram mísseis contra Ashdod e Ashkelon, em resposta à recente agressão israelense”, declarou o braço armado da Jihad Islâmica, as Brigadas al-Quds.

Segundo um correspondente da agência Anadolu, baterias de foguetes foram lançadas na noite de quinta-feira de diversas áreas de Gaza.

Aviões de guerra israelenses sobrevoaram todo o território sitiado.

Em nota separada, a Jihad Islâmica destacou: “Nosso povo pode erguer a cabeça, com orgulho desta resposta abençoada”.

Ao menos 31 palestinos foram mortos e mais de 90 ficaram feridos pelos bombardeios de Israel desde a madrugada de terça-feira (9), informou o Ministério da Saúde de Gaza. Cinco líderes da Jihad Islâmica foram mortos em suas casas, junto de suas famílias.

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Os ataques da ocupação incidiram indiscriminadamente sobre áreas civis.

Em nota, o exército israelense afirmou que 270 foguetes foram lançados de Gaza, dos quais 205 conseguiram atravessar a fronteira. Sessenta e dois foguetes foram interceptados pelos sistemas antimísseis de Israel; três caíram em áreas povoadas.

Uma das intercepções foi conduzida pelo sistema de defesa de médio alcance conhecido como “Estilingue de Davi”, acima de Tel Aviv. Trata-se da primeira vez que a plataforma é usada contra foguetes disparados de Gaza.

O exército ocupante confirmou que 53 alvos foram atingidos na faixa costeira desde o começo da ofensiva. Conforme Israel, trata-se de parte da “Operação Escudo e Flecha”, em retaliação a foguetes disparados após a morte de Khader Adnan, membro da Jihad Islâmica.

Adnan faleceu após quase três meses de greve de fome nas cadeias de Israel, na última semana, em protesto a sua detenção administrativa – sem julgamento ou sequer acusação.

Ao menos 160 palestinos foram mortos por ações de Israel desde janeiro. Vinte israelenses, em contrapartida, faleceram em ataques separados no mesmo período.

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