O rei do Bahrein, Salman al-Khalifa, ordenou instituições de ensino do país a manter o currículo atual, em detrimento de uma grade proposta “incompatível com os valores nacionais barenitas em nome da fé e de seus pilares fundamentais”.
Segundo a rede Alarabiya News, o anúncio desta terça-feira (9) sucedeu críticas sobre a inclusão das mudanças cartográficas impostas por Israel à Palestina histórica no material pedagógico.
Em nota, destacou o governo: “Sua Alteza Real ordenou ao ministro da Educação que assegure a adoção de um currículo de ensino que esteja de acordo aos ensinamentos islâmicos, à Carta de Ação Nacional e a nossa Constituição”.
“Sua Alteza Real reiterou que a fé islâmica é inviolável e deve ser respeitada e protegida a todo custo”, acrescentou o comunicado.
A emenda proposta a escolas primárias incluía aulas sobre a normalização entre Israel e regimes do Golfo, reportou a sucursal em árabe da rede britânica BBC. As mudanças deflagraram críticas que resultaram na suspensão das aulas em questão pelo governo.
Bahrein e Israel normalizaram laços por meio dos Acordos de Abraão, promovidos pelo governo dos Estados Unidos de Donald Trump, assinados em setembro de 2020. Desde então, trocaram diplomatas e firmaram parcerias no setor de comércio e segurança.
A normalização, porém, é impopular entre os barenitas, que mantêm protestos desde então.
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