A União Europeia descreveu o recente bombardeio indiscriminado de Israel a Gaza sitiada como “intolerável”, ao reivindicar de Tel Aviv que contenha as baixas civis.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“A União Europeia está profundamente consternada pela escalada da violência nos últimos dias em Israel e no território palestino ocupado”, confirmou o porta-voz Peter Stano, em coletiva de imprensa realizada em Bruxelas, nesta quinta-feira (11).
“Israel deve assumir precauções e todas as medidas possíveis para impedir baixas civis em suas operações militares e respeitar a lei humanitária internacional”, acrescentou.
Stanos instou ambos os lados a “exercer comedimento máximo”, mas insistiu que o bombardeio a Gaza é “inaceitável e intolerável”.
Desde a madrugada de terça-feira (9), Israel mantém ataques aéreos a áreas residenciais civis, deixando dezenas de mortos e feridos e centenas de prédios danificados.
Na quarta-feira (10), uma fonte palestina indicou que os esforços do Egito para mediar um novo cessar-fogo entre o Estado ocupante e as facções de resistência permanecem sob impasse.
O exército israelense justifica sua “Operação Escudo e Flecha” em resposta a foguetes lançados de Gaza após a morte de Khader Adnan, prisioneiro palestino que estava em greve de fome há quase três meses nas cadeias de Israel. Adnan era membro do movimento de Jihad Islâmica.
Os grupos de Gaza, por sua vez, reagiram aos ataques com novos disparos através da fronteira.
Há meses, os territórios ocupados são tomados pela escalada da violência colonial – incluindo operações militares e agressões de colonos na Cisjordânia e invasões à Mesquita de Al-Aqsa, na cidade ocupada de Jerusalém.
Ao menos 130 palestinos foram executados por Israel desde o começo do ano. Em contraponto, dezenove israelenses foram mortos por ataques separados no mesmo período.
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