Os palestinos recordam com pesar o 75° aniversário da Nakba ou “catástrofe”, em 15 de maio, na mesma data em que Israel celebra sua criação, mediante limpeza étnica planejada. A Nakba é considerada um processo em curso: desde 1948, milhões de palestinos nativos sofrem com o deslocamento forçado devido à ocupação colonial israelense.

Dados do Ministério de Relações Exteriores e Expatriados da Autoridade Palestina (AP) mostram que cerca de 70% dos palestinos são refugiados e que um entre cada três refugiados no mundo é palestino.

Conforme estimativas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), quase um terço dos refugiados palestinos registrados – ou 1.5 milhões de pessoas – vivem em 58 campos reconhecidos na Jordânia, Líbano, Síria, Gaza, Cisjordânia e Jerusalém.

Os refugiados no Líbano são os mais vulneráveis: 93% vivem em condição de miséria, agravada pelo colapso econômico no Estado levantino e políticas sectárias, incluindo a proibição de que exerçam ao menos 39 profissões.

Em seguida, estão os refugiados da Faixa de Gaza, sob cerco militar israelense há 16 anos, além dos sucessivos bombardeios israelenses contra áreas civis, em particular, nos últimos dez anos.

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