Durante uma entrevista à rádio local Kan Reshet Bet, Amihai Eliyahu, ministro para Assuntos de Jerusalém do Estado de Israel, sugeriu abertamente que crianças palestinas sejam mortas.
“Somos uma gente que não machuca uma mosca, mas se a mosca nos perturba, é preciso matá-la e matar suas crianças que se escondem com ela”, disse Eliyahu na última semana, em meio aos bombardeios israelenses contra áreas civis da Faixa de Gaza sitiada.
השר עמיחי אליהו ל-@RMatsliah ו-@YigalGueta: "אנחנו עם שלא יפגע בזבוב, אבל אם הזבוב יציק לו – צריך להרוג את הזבוב. גם במחיר של פגיעה בילדים שלו אם הוא מתחבא מאחוריהם" pic.twitter.com/wLkASGZ37N
— כאן | רשת ב (@ReshetBet) May 11, 2023
A última escalada, a maior desde os dez dias de ofensiva letal em 2021, começou quando Israel disparou uma série de ataques aéreos na madrugada de terça-feira (9), sob pretexto de eliminar alvos do movimento de resistência de Jihad Islâmica.
Sob críticas por defender a morte de crianças e desumanizar os palestinos, Eliyahu, membro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit (Poder Judeu), liderado pelo ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, insistiu no Twitter: “Ter compaixão pelas famílias dos terroristas é o que levou ao sangue e à violência”.
לא יפגע בזבוב?
השבוע קראת להרג של משפחות המחבלים.
משהו לא קוהרנטי קצת בהצהרות שלך מר דביל פשיסט. pic.twitter.com/lAz2Jy0CyN
— האיש שבקיר 💛🖤 (@vS3YMdjL83AHXlq) May 12, 2023
Autoridades de saúde de Gaza reportaram ao menos 33 mortos na última semana. No território considerado Israel – ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 15 de maio de 1948 –, uma mulher israelense e um trabalhador palestino faleceram.
O regime ocupante e os grupos da resistência armada na Faixa de Gaza sitiada concordaram com um cessar-fogo mediado pelo Egito no último sábado (13).
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