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Egito, Arábia Saudita e Irã contabilizam 90% das execuções no planeta, alerta Anistia

O Egito executou ao menos 24 pessoas em 2022, chegando à quarta colocação entre os países com maior aplicação da pena capital no mundo

O Egito executou ao menos 24 pessoas em 2022, chegando à quarta colocação entre os países com maior aplicação da pena capital no mundo, confirmou um novo relatório da organização de direitos humanos Anistia Internacional.

Ainda assim, houve uma queda considerável nas execuções no país, após um pico de 83 mortes ratificadas pelo Estado no ano anterior.

Em primeiro lugar está a China, que executou milhares, seguida por Irã, com ao menos 576 réus executados, e Arábia Saudita, com 196 execuções. Na monarquia, o índice triplicou em relação ao ano anterior e bateu um recorde de três décadas. No Irã, houve aumento de 83%.

Conforme as informações, Egito, Arábia Saudita e Irã conduziram 90% de todas as execuções registradas no planeta.

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No começo de maio, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos denunciou o “número alarmante” de execuções conduzidas este ano no Irã, com uma média de dois dígitos por semana.

O relatório da Anistia revela aumento significativo no número de pessoas executadas em todo o mundo (53%), embora diversos países tenham assumido “passos decisivos para abolir a pena de morte em 2022”.

“O mundo continua a se afastar da pena de morte e apenas uma minoria de países – cada vez mais isolados – usou ativamente essa modalidade de punição. Seis países aboliram a pena de morte total ou parcialmente em 2022”, prosseguiu o relatório.

Cazaquistão, Papua Nova Guiné, Serra Leoa e República Centro-Africana aboliram a pena capital para todos os crimes. Não obstante, houve aumento observado em países do Oriente Médio e Norte da África. Kuwait, Afeganistão e Palestina retomaram a prática após anos.

Em março de 2022, a Arábia Saudita anunciou que havia executado 81 pessoas em um único dia por crimes relacionados ao “terrorismo”. Na verdade, os réus foram condenados por acusações como participação em protestos e “perturbação da ordem social e coesão nacional”.

Arábia Saudita e Egito são comumente reportados por julgamentos injustos e por coagir presos a “confissão” mediante tortura.

Acrescentou a Anistia: “Países da região do Oriente Médio e Norte da África violaram o direito internacional ao aumentarem as execuções em 2022, revelando desprezo pela vida humana”.

“O número de vidas ceifadas aumentou drasticamente em toda a região. A Arábia Saudita bateu o índice inacreditável de 81 execuções em um único dia. Mais recentemente, em uma tentativa desesperada de conter o levante popular, Teerã executou pessoas simplesmente por exercerem seu direito de se manifestar”.

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