O Catar reiterou nesta quarta-feira (17) que não se juntará ao “consenso” sobre a readmissão do regime sírio de Bashar al-Assad na Liga Árabe, após 12 anos de suspensão devido à guerra civil.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“A solução para restaurar a estabilidade na Síria deve satisfazer seu povo”, disse o ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, em coletiva de imprensa com sua contraparte alemã, Annalena Baerbock, na capital Doha.
Para al-Thani, cada país árabe tem sua própria decisão a tomar sobre a normalização com Damasco. Contudo, ainda é preciso encontrar uma “solução justa e abrangente” para a crise.
Em 7 de maio, a Liga Árabe, com sede no Cairo, reintegrou a Síria após mais de uma década de suspensão devido à brutal repressão do regime a protestos pró-democracia. O Catar, porém, é um crítico contundente de Assad desde a eclosão da guerra civil em 2011.
No mês passado, al-Thani confirmou que o boicote catari ao regime sírio continua em vigor.
Nos meses recentes, o regime sírio passou a trocar contatos e visitas oficiais com vários governos árabes, incluindo Egito, Arábia Saudita, Tunísia e Emirados Árabes Unidos.
Assad deve participar da próxima cúpula da Liga Árabe na Arábia Saudita em 19 de maio.
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