A deputada britânica Layla Moran apresentou um projeto de lei para instar o governo a marcar em seu calendário oficial o Dia da Nakba, ou “catástrofe”, como os palestinos chamam a criação do Estado de Israel mediante limpeza étnica planejada, em 15 de maio de 1948.
Moran tem raízes palestinas e é porta-voz de política externa do Partido Liberal Democrata.
“Minha família foi expulsa de Jerusalém durante a Nakba”, recordou Moran à rede Jewish News. “Mais de cinco milhões de refugiados palestinos espalhados em todo o mundo compartilham a mesma experiência de expropriação”.
Moran reiterou seu compromisso com a causa palestina: “É por isso que introduzi a Lei sobre a Celebração da Nakba, para reivindicar do governo um novo capítulo, ao recordar esta catástrofe e reconhecer a responsabilidade histórica do Reino Unido sobre a região”.
O texto pede ao Secretário de Estado que “facilite a comemoração anual da Nakba”.
A deputada também apresentou uma moção para colher assinaturas de apoio ao projeto de lei, ao reafirmar: “Segunda-feira, 15 de maio de 2023, marca 75 anos desde a expulsão de 750 mil palestinos de suas terras, data conhecida como Nakba”.
Ao reafirmar apelos sobre a chamada “solução de dois estados”, acrescentou Moran: “Instamos ao governo que reconheça de imediato um Estado palestino independente, o que ajudará a dar nova vida ao processo de negociações em busca de uma paz abrangente para a região”.
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