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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Casal de idosos de Jerusalém ‘não consegue imaginar’ ser expulso de sua casa

Nora Ghaith (68) e Mustafa Sub Laban (72) estão sob ameaça de despejo de sua própria casa, na Cidade Velha de Jerusalém, para dar lugar a colonos ilegais

Um casal de idosos que vive na Cidade Velha de Jerusalém ocupada relatou sequer imaginar o instante devastador no qual serão expulsos à força de sua própria casa, para dar lugar a colonos ilegais escoltados por soldados de Israel.

“É como esperar a morte”, disseram Nora Ghaith (68) e Mustafa Sub Laban (72) a jornalistas que lhes questionaram sobre seus planos referentes ao prazo de despejo de sua residência, situada no bairro de Aqbat al-Khalidiya.

Um oficial israelense lhes entregou a ordem de expulsão em 11 de maio, com prazo para deixar o imóvel no domingo, 11 de junho. Nora e Mustafa vivem no local desde antes de 1967, quando Israel ocupou Jerusalém Oriental. Sua casa será tomada por uma entidade colonial judaica.

Israel continua a demolir casas palestinas [Sabaaneh/MEMO]

O lar da família foi uma concessão da Jordânia deferida em 1953, sujeita a proteção legal desde então. Como muitas outras residências no bairro, tornou-se alvo de entidades coloniais.

Após 45 anos de assédio legal e moral por forças de Israel – desde 2010, pela entidade colonial Galicia –, cortes israelenses decidiram revogar a concessão e expulsá-los de casa.

Caso a família não deixe o local no prazo imposto, colonos israelenses, sob escolta de soldados, deverão despejar à força o casal de idosos. Além disso, o casal pode ser obrigado a arcar com os custos exorbitantes do despejo e da mudança de seus bens.

O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas nos territórios palestinos ocupados manifestou profunda preocupação sobre o episódio.

“O despejo à força da família Laban é parte de uma política contínua de expulsão das famílias palestinas de suas casas em Jerusalém Oriental, baseada em práticas e leis discriminatórias, em violação dos direitos humanos do povo palestino”, reiterou a ONU.

“Expulsões como essa são um fator crucial para criar um ambiente coercitivo que pode levar à transferência forçada, o que é proibido pelo direito humanitário internacional e pode equivaler a crime de guerra”, acrescentou.

A ONU pediu a Israel que “interrompa imediatamente todas as expulsões, incluindo aquela da família Ghaith-Laban, e encerre toda atividade que possa agravar as condições do ambiente e levar à ameaça de transferência forçada”.

ASSISTA: Israel avança plano para construção de estrada do ‘apartheid’

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