Nesta terça-feira (23), o Hamas pediu a Liga Árabe, Organização para Cooperação Islâmica (OCI) e Organização das Nações Unidas (ONU) que assumam medidas efetivas para proteger a cidade ocupada de Jerusalém das políticas de assentamento e da ameaça de “judaização” por Israel – isto é, apagamento da identidade árabe em favor de uma supremacia judaica –, após o governo sionista aprovar obras para 400 novas unidades coloniais em Abu Dis.
Em comunicado emitido ontem, o movimento de resistência sediado na Faixa de Gaza reiterou que Israel explora o silêncio internacional para expandir seus assentamentos, em violação da lei internacional.
“Essa medida tem como intuito impor a soberania israelense sobre Jerusalém ocupada e isolá-la de outras cidades e comunidades palestinas”, destacou o Hamas. “Esses esforços, contudo, não dão qualquer legitimidade à ocupação israelense sobre a capital palestina ocupada”.
Segundo o movimento, o povo palestino permanecerá fiel a sua casa em nome de seus direitos, sua terra e seus santuários cristãos e islâmicos.
Na segunda-feira (22), a prefeitura israelense de Jerusalém anunciou planos para construir 400 unidades residenciais destinadas exclusivamente a colonos judeus.
Os planos incluem expandir o assentamento ilegal de Kidmat Zion, onde vivem hoje dez famílias de colonos em três prédios comprados pela organização colonial Ateret Cohanim.
Abu Dis – a leste de Jerusalém ocupada – abriga 15 mil palestinos, instituições de governo da Autoridade Palestina (AP) e o principal campus da Universidade de Al-Quds.
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