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China pede a Israel que ‘pare de avançar indevidamente’ sobre terras palestinas

26 de maio de 2023, às 10h19

Forças israelense preparam demolição de prédio palestino em Jerusalém Oriental, em 24 de maio de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A China reivindicou de Israel que “pare de avançar indevidamente” sobre recursos e territórios palestinos, à medida que a ocupação continua a aprovar obras para expandir seus assentamentos ilegais.

Nesta quinta-feira (25), Geng Shuang, representante adjunto de Pequim na Organização das Nações Unidas (ONU), advertiu ao Conselho de Segurança: “Desde o início do ano, Israel mantém ações unilaterais ao aprovar o retorno [de colonos], a construção de novos assentamentos e legalização de postos coloniais”.

Ao enfatizar que tais avanços violam o direito internacional e a Resolução 2334 do Conselho de Segurança, Shuang expressou as demandas de seu governo para que Israel “suspenda imediatamente tais ações e pare de avançar indevidamente sobre as terras e os recursos do povo palestino”.

Ao criticar o ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, por alimentar tensões ao invadir duas vezes o complexo de Al-Aqsa neste ano, reiterou o diplomata: “O status quo histórico dos lugares santos de Jerusalém deve ser respeitado e preservado”.

“Sobre a questão dos santuários, Israel deve conter suas provocações, garantir o direito de culto aos muçulmanos, conservar a paz e a tranquilidade e respeitar a custódia da Jordânia”.

Shuang destacou que a reincidência de tensões e confrontos entre a ocupação israelense e a resistência palestina “demonstram que o processo de paz, há muito paralisado, não é sustentável, que a atual gestão de crises não dura e que uma solução justa e abrangente é imprescindível”.

Shuang mencionou o papel emergente da China sobre a matéria, junto de outros países da região, e sugeriu a possibilidade de trespassar Washington como força hegemônica nos processo de mediação de paz.

Em referência aos Estados Unidos, afirmou: “O país com mais influência sobre as partes deveria realizar esforços materiais para avançar no processo de paz do Oriente Médio e se abster de impedir, sem qualquer justificativa, que o Conselho de Segurança alcance um consenso mínimo sobre a questão israelo-palestina”.

O discurso de Shuang coincide com iminentes atos de expansão colonial por parte de Israel. Nesta semana, o governo israelense aprovou o orçamento público para o ano fiscal de 2023-2024, alocando US$940 milhões em projetos coloniais.

Há hoje cerca de 700 mil colonos ilegais radicados em 164 assentamentos e 116 postos avançados em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada.

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