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‘Inconstitucional’: Ex-premiê do Paquistão denuncia intervenção militar em partes do país

Ex-primeiro-ministro do Paquistão e líder do partido Tehreek-e-Insaf (PTI), Imran Khan, comparece à Suprema Corte de Islamabad para responder a processos por corrupção e outras acusações, em 12 de maio de 2023 [Muhammad Reza/Agência Anadolu]

O ex-premiê paquistanês e líder do partido Tehreek-e-Insaf (PTI), Imran Khan, contestou o envio de tropas a partes do país na Suprema Corte, ao descrever a medida como lei marcial inconstitucional. As informações são da agência de notícias Anadolu.

O exército paquistanês interveio nas províncias de Punjab, Baluchistão e Khyber Pakhtunkhwa, além da capital Islamabad, após emergirem confrontos pela controversa prisão do ex-primeiro-ministro em 9 de maio.

Sua breve detenção foi revogada como “ilegal”, mas incitou manifestações de apoiadores contra instalações do Estado e das Forças Armadas. Desde então, milhares foram presos, entre os quais, líderes do PTI. O exército ameaça julgá-los sob lei marcial.

A crise culminou no desaparecimento do âncora Imran Riaz Khan e seu colega Sami Ibrahim, desde quarta-feira (24), segundo familiares e jornalistas.

Sob pressão, alguns parlamentares deixaram o partido de Khan ou a vida política.

O ex-premiê condenou as prisões, inquéritos e julgamentos impostos sob o Decreto Militar de 1952, como violação da Constituição, do Estado de direito e da independência da justiça.

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Segundo Khan, prisões de apoiadores, correligionários e trabalhadores do partido, sob o pretexto de manter a ordem pública, são ilegais.

Não é a primeira vez nesta semana que Khan objeta abertamente as ações do exército em áreas civis. O político veterano pediu previamente a uma comissão judicial que analisasse e investigasse os incidentes e subsequentes abusos.

Desde que deixou o poder, Khan mantém uma campanha para antecipar as eleições gerais, previstas para o segundo semestre deste ano.

Em resposta, o general Asim Munir, chefe do exército, durante cerimônia do Dia dos Mártires em Rawalpindi, alegou que o país “não se esquecerá ou perdoará [quem] profanar os memoriais dos mártires ou ferir sua dignidade”.

Uma corte antiterrorismo em Lahore instruiu a polícia a encaminhar 16 suspeitos presos por “vandalismo” contra instalações das Forças Armadas a sua jurisdição.

Além da escalada na incerteza política, o Paquistão enfrenta crise fiscal, escassez de reservas estrangeiras e queda nos investimentos.

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